Vivemos um tempo atípico e, tal como está a acontecer noutras áreas, por todo o mundo, também o futebol está a ser influenciado por essa falta de normalidade.
No caso português, e considerando as últimas quatro décadas, fica um pouco estranho ver o Sporting Clube de Portugal na liderança do campeonato, mais ainda com a vantagem pontual tão acentuada.
É certo que ainda agora começou a segunda volta e faltam muitos jogos. Também é verdade que as outras equipas têm estado aquém do esperado. No entanto, não deixa de ser surpreendente um domínio tão avassalador.
Como se explica que esta equipa, quase na totalidade composta por jovens jogadores da formação, com um treinador também em início de carreira, sem qualquer fora de série, e que inicialmente nem era vista como candidata a ganhar troféus, demonstra em campo, jornada após jornada, este nível de competência?
Mesmo sendo adepto do Sporting, e estar a deliciar-me com a forma como a época está a decorrer, confesso que não esperava este desempenho.
E é como adepto que também tenho alguns temores com o futuro desta equipa porque, no passado, já tivemos plantéis, até com mais impacto e expectativas, que acabaram por ser destruídos, sem lhes ter sido dado o tempo necessário para transformarem em troféus todas as esperanças criadas com o futebol praticado.
Espero que esses temores não se confirmem. Espero voltar a sentir o gosto da conquista no final deste campeonato. Espero que esta temporada seja o início de um novo ciclo no clube. Espero que os jejuns terminem. Espero que tudo isto não seja apenas fruto das circunstâncias atípicas que assolam o mundo.
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