A
última eliminatória das competições sul-americanas (Copa Libertadores e Copa
Sul-Americana) revelou-nos uma evidência que, até prova em contrário, reforça a
ideia do tremendo desnível que existe entre o futebol de clubes jogado em cada
um dos dez países que compõem a CONMBOL. No entanto, o que até aqui era um
domínio Argentino e Brasileiro parece ter passado a ser apenas canarinho.
Senão
vejamos:
Na
Copa Libertadores, faltando apenas a definição da eliminatória entre Fluminense
e Cerro Porteño, com vantagem dos brasileiros por terem vencido a primeira
partida (2-0) no Paraguai, já garantiram presença nas quartas de final Atlético Mineiro, São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Barcelona (Equador), River Plate
(Argentina) e Olimpia (Paraguai). O domínio brasileiro poderia ser maior se o
Internacional não tivesse desperdiçado, em casa, a vantagem de ter empatado
fora, e perdido o desempate por grandes penalidades.
Na
Copa Sul-Americana ficaram apurados Athletico Paranaense, Santos, Bragantino,
LDU (Equador), Sporting Cristal (Peru), Libertad (Paraguai), Peñarol (Uruguai)
e Rosario Central (Argentina). Nesta competição, o Brasil também poderia ter
mais um representante na próxima eliminatória se o Grémio, tal como o rival
gaúcho, não tivesse desperdiçado, em casa, a vantagem trazida do Equador.
No total, apuraram-se sete brasileiros, dois argentinos, dois equatorianos, dois paraguaios, um uruguaio e um peruano, podendo os brasileiros passar para oito ou os paraguaios passar para três.
Para além do descrito nos parágrafos anteriores, a supremacia brasileira também ficou patente nos quatro confrontos directos com argentinos. Atlético Mineiro, São Paulo, Flamengo e Santos foram carrascos de Boca Juniors, Racing, Defensa y Justicia e Independiente.
Se a estes dados juntarmos os resultados dos últimos quatro anos, em que os brasileiros venceram três Libertadores e uma Sul-Americana, os argentinos ganharam uma Libertadores e duas Sul-Americanas, tendo a outra Copa Sul-Americana sorrido aos equatorianos de Independiente del Valle, ficamos com a noção exacta da superioridade que os clubes brasileiros estão a ganhar, a cada ano que passa, em relação a todos os outros.
Perante estas evidências e seguindo o que é dito pela comunicação social no Brasil, talvez seja verdade que, tirando o River Plate, mais nenhum clube tem capacidade de disputar, nos próximos anos, e de igual para igual com os clubes brasileiros, os títulos continentais.
Será apenas momentâneo ou uma alteração de forças? Só o tempo o dirá, mas por agora a vantagem e supremacia é totalmente canarinha.
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