Uns idolatram, outros odeiam, mas ninguém fica indiferente ao carisma de José Mourinho,
É certo que foi o jogo mil do técnico português e, por essa razão, os holofotes estavam, mais que nunca, centrados nele, no entanto, a sua chegada ao comando da equipa italiana já previa este escrutínio.
Podem achá-lo ultrapassado; podem considerar a sua proposta futebolística obsoleta; podem chamá-lo ultradefensivo; mas aquilo que nunca poderão colocar em causa é o seu empenho competitivo e a forma intensa como vive o futebol.
Os italianos, ao contrário de outros, não têm problema algum em aceitar e elogiar o jogo proposto por Mourinho. Para os transalpinos, o futebol é arte e paixão e nenhum modelo é desprezado porquanto todos têm o seu encanto desde que aplicado com seriedade, trabalho, empenho e vibração.
Logicamente que o futebol ofensivo é mais atrativo e entusiasmante, mas mesmo os defensores do chamado “futebol espectáculo” preferem ver as suas equipas ganharem 1-0 com golo no último minuto.
José Mourinho, por todos os títulos alcançados, já não tem de provar nada a ninguém e chegou a uma fase da sua carreira que lhe permite estar alguns anos sem ganhar troféus, mas a encantar os adeptos com o seu carisma e o pragmatismo do futebol das suas equipas.
A AS Roma nunca foi um clube papa-títulos. Não passará a ser sob a direcção de Mourinho. Os tiffosi romanos sabem isso e compreendem as limitações do clube em comparação com os rivais do norte. Aquilo que todos eles querem ver é entrega dos jogadores em campo, luta contínua por cada bola e camisas encharcadas no final de cada partida. Aquilo que todos pretendem ver e experimentar é a emoção pura que só o futebol proporciona, seja com goleadas ou com vitórias arrancadas a ferros no último instante das partidas.
Quer se goste ou não, a verdade é que os adeptos do futebol são movidos pela adrenalina do jogo e, nesse quesito, José Mourinho é mestre.
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