Desde o final dos anos oitenta, as selecções portuguesas de futebol passaram a ser mais competitivas muito por culpa do trabalho iniciado por Carlos Queiroz e Nelo Vingada junto das camadas jovens. Mudou-se a mentalidade e aplicaram-se novos conceitos que, pouco a pouco, começaram a dar frutos.
No entanto, apesar das vitórias em Europeus e Mundiais, em diversos escalões de formação, na equipa principal sempre faltou algo. Umas vezes sorte, outras habilidade.
Por muito que se outorgue os êxitos recentes da selecção principal portuguesa a Fernando Santos, a quem não se pode negar responsabilidade e importância nos dois troféus conquistados, a verdade é que há um outro nome que talvez tenha sido mais influente, pela sua fome de títulos e ânsia de ganhar. Falo, inevitavelmente, de Cristiano Ronaldo.
Por muito que se discuta e compare o seu valor com outros génios da actualidade, a insaciabilidade de CR7 tem marcado a diferença, seja nos clubes ou na equipa nacional, e contagia os que jogam a seu lado.
Nos últimos três/quatro anos, muito se tem discutido sobre a utilidade da sua utilização, apontando-se benefícios e prejuízos, num e outro sentido. No entanto, parece-me evidente, pelos derradeiros jogos da Liga das Nações, que, mesmo tendo inúmeros jogadores com tremenda capacidade técnica e/ou tática, não temos mais nenhum com a mesma fome de conquista e isso vai ser ainda mais nítido quando Cristiano abandonar o futebol.
Nós, os adeptos, gostamos de ganhar e temos a mesma sede de vitória de CR7. Fomos privilegiados por termos assistido aos momentos mais gloriosos da selecção nacional, que tinha essa abnegação, e dificilmente voltaremos a saborear porque bons jogadores há muitos, mas Cristiano Ronaldo só existiu este e não voltará a existir outro, tão abnegado, com sangue nos olhos e vontade de ganhar sempre.
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