O Mundial 2022 começa hoje e, polémicas e incertezas à parte, prevê-se muita emoção.
O facto de ser disputada a meio da temporada europeia, quanto a mim, não vai fazer diferença alguma nem beneficiar outras selecções, uma vez que grande parte dos jogadores envolvidos jogam precisamente em campeonatos do velho continente.
A maior incógnita desta edição deriva do pouco tempo de preparação que os seleccionadores tiveram à disposição, principalmente daqueles que, impossibilitados de utilizar alguns jogadores-chave lesionados, terão de improvisar e dar rodagem aos substitutos em pleno certame. Nesta perspectiva, creio que a França é a mais lesada, embora haja mais com problemas idênticos.
Seja como for, e porque este texto é um género de exercício de especulação, acredito que o meu leque de favoritos não foge muito àquilo que é a expectativa generalizada.
Mas analisemos primeiro a composição dos grupos.
Grupo A – Países Baixos partem como favoritos e a disputa pela segunda vaga será entre Equador e Senegal. Mesmo jogando em casa, não creio que o Qatar tenha qualquer hipótese de passar às eliminatórias. Bem pelo contrário, acredito que vai ser a pior prestação de um anfitrião.
Grupo B – Inglaterra tem obrigação de ser primeiro colocado, sendo a segunda vaga disputada pelos restantes integrantes do grupo. Acho que Irão, EUA e Gales são muito parelhos e a diferença estará nos confrontos directos e num ou outro ponto alcançado diante dos ingleses.
Grupo C – Argentina é, de longe, a melhor e deve garantir a qualificação com relativa facilidade. A segunda vaga será discutida entre México e Polónia, com ligeira vantagem para os centro-americanos. Arábia Saudita vai limitar-se a ser a pedra no sapato nessa decisão.
Grupo D – Mesmo fortemente desfalcada, a França tem valor suficiente para chegar ao fim na liderança deste grupo e passar às eliminatórias de braço dado com a Dinamarca. Tunísia e Austrália terão de fazer prestações estratosféricas para impedir que esta previsão se cumpra.
Grupo E – Mesmo em fase de renovação, Alemanha e Espanha são claramente as duas favoritas e só uma hecatombe as eliminará na fase de grupos. Costa Rica e Japão dificilmente serão surpresas desta competição.
Grupo F – Bélgica e Croácia são favoritas. Marrocos a Canadá pouco poderão fazer contra esse facto.
Grupo G – Brasil é hiper favorito. Sérvia, Suíça e Camarões disputarão palmo a palmo a segunda vaga.
Grupo H – Portugal e Uruguai são claros favoritos, enquanto Gana e Coreia do Sul tentarão aproveitar possíveis deslizes para causarem surpresa.
Confirmando os favoritismos, acredito que Argentina e Brasil são as selecções que parecem estar em melhores condições para erguer o troféu. Pela qualidade dos jogadores, mas também pela sequência de resultados que ambas têm alcançado recentemente. Embora esta última análise não seja muito relevante porque, com excepção de uma ou outra partida, ambas as selecções sul-americanas não têm jogado contra europeus e isso pode estar a dar a ideia errada sobre o real valor das equipas. Seja como for, são as grandes candidatas a levantar a Taça no final da competição.
Numa segunda linha e porque a tradição, não sendo decisiva, pode pesar, Alemanha, Espanha e França têm ambições legitimas a reerguer o troféu.
Depois há algumas selecções que podem almejar o título, mas também podem ser decepções. São elas: Inglaterra, Países Baixos, Uruguai e Portugal.
Qualquer outro vencedor final será uma apocalíptica zebra.
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