Estes dois primeiros jogos de Portugal, no apuramento para o Europeu, não serviram para o novo seleccionador avaliar os aspectos técnicos e a disponibilidade tática dos jogadores, porquanto a fragilidade dos adversários dificilmente colocaria desafios ou revelaria as nossas próprias deficiências.
Ninguém duvidava que a totalidade dos pontos destes dois desafios cairia na conta portuguesa, mas havia o temor que, na sequência da imagem criada durante inúmeras fases qualificativas, a selecção nacional relaxasse em demasia perante equipas como o Liechtenstein e Luxemburgo.
Aliás, analisando os adversários que nos calharam em sorte, rumo ao Europeu, e admitindo algumas dificuldades nas deslocações à Bósnia e à Eslováquia, que nem se preveem assim tão complicadas, estejam os jogadores com o mesmo espírito vencedor e com vontade de provarem que podem e sabem ser profissionais compenetrados, do primeiro ao último minuto, tudo o que for menos que um caminho imaculado será surpreendente.
Os jogos que se seguem continuarão a não permitir avaliar os impactos, positivos ou negativos, dos conceitos táticos de Roberto Martinez, mas podem ser fundamentais para, pelo menos, gerar junto dos jogadores um acumulo de confiança, para a fase final, que nunca antes tivemos a capacidade de granjear.
Neste aspecto, não podemos deixar de questionar como irá esta equipa reagir, em futuros confrontos, quando os golos não aparecerem tão cedo como nestes dois jogos.
Como nota final, deve ser destacada a capacidade que o nosso país continua a ter para revelar novos talentos e integrá-los, paulatinamente, ao serviço da equipa principal, numa renovação constante, mas responsável, que nos tem permitido marcar presença ininterrupta em fases finais de Europeus e Mundiais desde 2000, sem grandes convulsões ou necessidade de encontrar “remendos” para posições deficitárias.
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