Tal como em outras ocasiões, no passado, as equipas portuguesas foram eliminadas antes das fases decisivas das competições europeias.
Colocando de lado as expectativas (falsas) geradas pelo sensacionalismo da imprensa desportiva, cujo único objectivo é cativar os adeptos para a leitura e/ou visionamento de colunas e/ou programas, a realidade é que, por muito bem que disputem as partidas/eliminatórias contra os “gigantes” da Europa, as equipas portuguesas pecam sempre pelos mesmos erros e acabam por decepcionar.
Se analisarmos as últimas três eliminações (Porto e Benfica pelo Inter, e Sporting pela Juventus) encontramos algo em comum. Nos seis jogos, as equipas nacionais dominaram as partidas do início ao fim, vulgarizando os adversários, no entanto, pecaram todos ao desaproveitarem o maior número de ocasiões de golo criadas, e acabaram penalizadas por equipas que tiveram melhor taxa de aproveitamento.
Como se diz no mundo do futebol “quem não marca sofre” e as equipas portuguesas colocam-se sempre a jeito. Entram em campo com maior determinação, pressionam alto, fazem os adversários correrem atrás da bola, e desperdiçam toneladas de golos. Os outros aceitam a angústia de serem encostados às cordas, são mais objectivos e eficazes na hora de atacar e aproveitam todo e qualquer deslize para ferir.
Todos nós, adeptos dos clubes portugueses, ficamos orgulhosos quando as nossas equipas demonstram bravura em campo e jogam olhos nos olhos contra qualquer adversário, mas gostaríamos que os sucessos fossem mais frequentes e, na maioria das vezes, isso só não acontece por falta de aproveitamento.
Estamos a anos-luz da capacidade financeira dos “grandes” europeus e o todo o mundo aceita que os nossos clubes não sejam favoritos nos confrontos com as potências do continente, no entanto, as eliminações podiam ser muito menos se houvesse uma postura mais tranquila em frente às balizas, quando os “gigantes” nem estão tão gigantes assim – como são os casos das equipas italianas.
Por outro lado, e porque todos os anos vemos o mesmo filme, esta situação incomoda mais porque vemos equipas, de campeonatos inferiores ao nosso, conseguirem resultados melhores ajudando os respectivos países a estarem mais bem cotados nos rankings da UEFA.
Não é chauvinismo admitirmos, como exigência natural, que o país que mais jogadores fornece aos gigantes das cinco maiores ligas deve obter sempre resultados condizentes com a sexta força do continente - que é - e estar mais vezes em condições de aproveitar as “migalhas”, dos gigantes, em detrimento de outras ligas menos expressivas.
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