Terminou mais uma edição da Liga das Nações e, confesso, esta foi a mais pobre das três realizadas.
Com excepção do Países Baixos x Croácia, os jogos da fase final foram demasiado insonsos e tornou-se difícil segui-los com atenção na íntegra.
Hoje, mais que nunca, o futebol está a transformar-se num espectáculo chato e pouco vibrante. E entre os vários factores que contribuíram para as fracas prestações das quatro equipas envolvidas não se pode omitir a influência nefasta do aumento de jogos a que os jogadores são sujeitos, época após época.
Os calendários estão a ficar sobrecarregados e nos finais de temporada fica difícil para os jogadores terem a frescura necessária para proporcionarem boas exibições.
O desejo de tornar o futebol num negócio apelativo está a ser desvirtuado. A necessidade de fazer mais jogos para gerar mais receitas está a ter um efeito contrário, isto é, com esse acumular excessivo de partidas a capacidade física dos jogadores diminui e o futebol apresentado fica mais pobre.
O futebol tem estado a ser explorado ao extremo e com o aumento do valor das entradas não vai demorar muito para que o futebol, que nasceu do povo e para o povo, ganhe cunho de elitismo e uma ida ao estádio seja como uma ida à ópera.
Mas tenham atenção que juntando estes dois factores (jogos fracos + preço das entradas) serão cada vez mais aqueles que deixarão de ir os estádios - elites incluídas.
Mas mais grave que isso é que essa pobreza competitiva pode também afastar os que veem futebol na televisão e, aquilo que tem sido feito em nome da projeção do negócio do futebol, pode ser a sua ruína.
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