No último final de semana disputou-se mais uma final da Copa Libertadores Feminina e, para não variar, mais uma vez, a prova foi conquistada por uma equipa brasileira.
Quem acompanha, minimamente, o futebol feminino, da América do Sul, não estranha este domínio continental dos clubes brasileiros, tamanhas são as diferenças entre o Brasil e as outras nações. Como fica provado pelas doze vitórias de equipas canarinhas contra uma chilena, uma paraguaia e uma colombiana.
Contudo, a maior diferença não está no que é praticado em campo, mas sim, na forma como este domínio é encarado no continente.
Como é de esperar, no Brasil esta situação é vista com normalidade e, por isso, não existe muito que discutir ou analisar. Já nos restantes países, é muito preocupante que haja um completo desinteresse nesta matéria, ao contrário daquilo que acontece quando o tema é o domínio dos clubes brasileiros na vertente masculina. Aí sim, existem debates e mais debates sobre o assunto e tentam-se encontrar antídotos para combater o fenómeno que, para a maioria, prejudica o futebol do continente.
Para mim, analisando à distância, e sabendo que existem muitos factores regionais e culturais que impactam nas competições locais, fica claro que ainda há muito caminho a trilhar até que o futebol feminino alcance o mesmo imediatismo do masculino, e este género de dualidade no tratamento de situações parelhas indica que, no caso da América do Sul, o caminho ainda será mais longo e difícil de fazer.
Leiam mais textos sobre Futebol Feminino neste link
Comentários
Enviar um comentário