Na sequência da goleada histórica da França, sobre Gibraltar, de apuramento para o Euro 2024, foram muitas as vozes que se levantaram para contestar a competitividade do futebol europeu.
É certo que existe uma tremenda disparidade entre os países de topo e os mais pequenos, mas isso existirá sempre. A questão aqui é descobrir como minimizar as diferenças.
No meu ponto de vista, o primeiro passo foi dado com a criação da Liga das Nações, e o seu formato mais equitativo que, ao contrário das fases de qualificação para Europeus e Mundiais, permite jogos mais parelhos, uma vez que as equipas são de qualidade mais aproximada.
Essa competição possibilita mais equilíbrio, logo, mais chances de equipas menos cotadas não estarem constantemente a viver à sombra de derrotas, isto é, sempre sujeitas à humilhação.
No entanto, a evolução do futebol, de alguns países, jamais acontecerá se não houver banhos de realidade, que só são possíveis nestes confrontos com seleções mais poderosas.
Este aspecto, da evolução de seleções emergentes, é um assunto que também está na ordem do dia noutras modalidades, nomeadamente o Rugby, e já se chegou à conclusão que para haver maior equilíbrio, ou para que as diferenças possam começar a diminuir, as pequenas equipas têm de enfrentar as grandes, porque o aporte de experiência é tremendamente importante para o desenvolvimento do desporto, seja ele qual for.
Concordo que não é bonito ver uma seleção ser humilhada, como aconteceu com Gibraltar, mas estes são jogos importantes para que as entidades responsáveis comecem a pensar mais seriamente nas formas e modelos a utilizar para reduzir as diferenças.
É evidente que tudo isto depende de muitos outros factores (económicos, estruturais, até mesmo culturais), mas por uma questão de igualdade de direito a competir em provas internacionais, teremos de continuar a correr o risco de presenciar jogos assim.
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