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Ridículo - Emanuel Lomelino

Ninguém coloca em causa o valor dos jogadores que estiveram em campo, ao serviço da selecção portuguesa, contra o Liechtenstein, mas é inadmissível sermos obrigados a assistir a uma exibição tão ridícula.

Vendo a partida consegui imaginar uma entrega mais emocionante se a equipa tivesse sido composta por jogadores oriundos do terceiro escalão nacional.

Independentemente da possível qualificação perfeita (só vitórias), a verdade é que apenas a primeira parte do jogo contra a Bósnia fugiu à norma, isto é, a equipa nacional complica-se e joga feio quando defronta selecções bem inferiores à nossa.

Acredito que o facto de os modelos de qualificação para as provas internacionais terem sido alargados e ser mais fácil o apuramento de equipas como a nossa fez com que, à partida, os jogadores deem como garantidas as qualificações e não se entreguem no máximo das suas capacidades.

Assim fica muito chato para nós, adeptos, porque só teremos a possibilidade de ver partidas cheias de emoção nas fases finais. E isso pode voltar a criar desinteresse pela equipa nacional, como acontecia nos anos oitenta/noventa, do século passado.

Uma selecção que tem marcado presença em todas as fases finais, de Europeus e Mundiais desde 2000, não pode ter exibições insonsas como as que tem tido nesta fase de apuramento para o Euro 2024, mesmo conseguindo apenas vitórias.

Nós, os portugueses, temos um nível de exigência maior e queremos que a equipa nacional deixe de lado as exibições ridículas e passe a produzir melhores performances.

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