A organização do novo Mundial de clubes, com trinta e duas participações, agendado para 2025, tem gerado algum entusiasmo junto dos adeptos do futebol, no entanto, existem dois prismas que devem ser analisados de forma séria, por estarem a ser colocados à margem da competição.
Por um lado, é demasiado óbvio que esta prova, apesar de ter chancela da FIFA, surge na sequência do braço de ferro entre os maiores clubes europeus e a UEFA, sendo um ardil da entidade que gere o futebol europeu para minar a formalização da controversa Superliga.
Ninguém duvida que, pelo menos, até ao final deste Mundial os mentores/defensores da Superliga vão ficar sossegados e só se manifestarão caso o evento seja um fracasso. E esse parâmetro vai depender muito das performances de clubes que, à partida, teriam muitas dificuldades em serem incluídos na Superliga (Porto, Benfica, Salzburgo). Não é difícil adivinhar que fracas prestações destes clubes vão ser usadas como argumento para a criação da prova elitista.
Numa outra perspectiva, acho inacreditável que ninguém esteja preocupado com a densidade competitiva que estão a colocar sobre as principais estrelas da modalidade: os jogadores.
Os calendários estão a ficar de tal modo saturados que, mais cedo ou mais tarde, as consequências vão ser demasiado evidentes e os futebolistas serão os mais prejudicados. E isso resultará num decréscimo de qualidade do jogo que, por sua vez, impactará no interesse dos adeptos, nomeadamente naqueles que, pela longa lista de alternativas existentes, forem mais criteriosos na hora de decidir em que espectáculo gastar o seu tempo e dinheiro.
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