Avançar para o conteúdo principal

Reta final de nervos - Emanuel Lomelino

Imagem Observador

Neste momento faltam cinco jornadas para o final do Campeonato Nacional e a vantagem do líder Sporting, para o Porto, é de sete pontos, sendo que os dragões têm um jogo a menos.

Considerando a mais que provável vitória da equipa portista na partida em falta, o cenário de quatro pontos a separar as duas equipas obriga os leões a fazerem doze dos quinze pontos em disputa, para voltarem a inscrever o nome do clube na lista de vencedores da maior prova nacional de futebol.

Todos sabemos que em equipas mais “cascudas”, e habituadas a ganhar títulos, uma vantagem de quatro pontos, nesta fase da época, é mais fácil de gerir. A juventude e inexperiência, desta equipa leonina, têm-se feito sentir nas últimas jornadas levantando muitas questões sobre a capacidade de aguentar a liderança até ao fim. No entanto, a falta de hábito à pressão, tem sido combatida com a irreverência própria da idade e o desejo, quase obsessão, que cada jogador tem demonstrado sentir pela conquista de um troféu, que foge ao clube há quase duas décadas. Alguns até nasceram depois da última vitória do Sporting no Campeonato.

Mas esta reta final de nervos também está a ser muito sentida pelos adeptos, que veem, ansiosos, a possibilidade de festejar o décimo nono campeonato, quinto desde 1980.

E a ânsia maior, quase uma esperança que se quer ver realizada, é a perspectiva de que, a conquista deste Campeonato, seja a génese de uma nova era de êxitos do clube, no futebol sénior. Porque nos escalões de formação e em outras modalidades o Sporting nunca deixou de ganhar.

Leiam também: 

Surpresa ou início de novo ciclo 

Como se destrói uma equipa fantástica

Certificação leonina

Acompanhem-nos no Twitter e no Facebook

Comentários

Mensagens populares deste blogue

No lado errado da estrada - Emanuel Lomelino

Imagem UOL Não há quem possa colocar em causa o talento, com laivos de genialidade, de Neymar, no entanto, por culpa de astros anteriores, e até contemporâneos, ser craque exige muito mais do que a qualidade em campo. Podem existir muitas razões para explicar a instabilidade de Neymar, mas a mais óbvia está umbilicalmente ligada à sua necessidade, quase obsessão, em andar nas bocas do mundo, a toda a hora. Desde muito cedo na sua carreira, e talvez por isso, ficou evidente a falta de formação humana que lhe deviam ter incutido. Ao contrário de outros grandes jogadores, Neymar nunca quis abdicar de uma vida boémia, qual menino mimado, para se dedicar de alma e coração à carreira escolhida. Só que essa recusa tem um preço a pagar. Mais ainda se a tudo isto juntarmos o facto de, no mesmo espaço temporal, existirem Messi e Ronaldo, e agora terem aparecido Mbappé e Haaland. Neymar até não tem sido menos “bad boy” que outros craques do passado, como Romário ou Ronaldinho Gaúcho, mas

Uma Vez Flamengo... - Adriana Mayrinck

Pintinho em um Fla x Flu. Foto do seu arquivo pessoal Flamengo e Fluminense (fotos retiradas da internet) Uma lembrança longínqua, não sei ao certo a minha idade, talvez cinco ou seis anos. Lembro-me dos detalhes da sala, do tapete em que eu ficava deitada em almofadões, com as minhas botas vermelhas, a poltrona do “papai” como era chamada, aquele lugar que só o meu avô podia sentar, ao lado de uma mesinha com tampo de mármore, sempre com um copo de cerveja Skol e uma latinha ao lado, em frente a uma TV. Não lembro quase nada dessa época, algumas coisas muito pontuais, talvez por tantas vezes ver as fotografias, no tempo que morei no apartamento dos meus avós, na Gonçalo de Castro, enquanto a nossa casa era construída, em um condomínio ASBAC, na Granja Comary, em Teresópolis. Mas lembro que andava pelos calçadões de Copacabana com os meus três anos de idade, lembro do balanço na pracinha Serzedelo Correia, quando, recém-chegada de Recife, onde nasci, aprendi a amar aquele bairro. P

Surpresa ou início de novo ciclo - Emanuel Lomelino

Imagem A Bola (José Lorvão) Vivemos um tempo atípico e, tal como está a acontecer noutras áreas, por todo o mundo, também o futebol está a ser influenciado por essa falta de normalidade. No caso português, e considerando as últimas quatro décadas, fica um pouco estranho ver o Sporting Clube de Portugal na liderança do campeonato, mais ainda com a vantagem pontual tão acentuada. É certo que ainda agora começou a segunda volta e faltam muitos jogos. Também é verdade que as outras equipas têm estado aquém do esperado. No entanto, não deixa de ser surpreendente um domínio tão avassalador. Como se explica que esta equipa, quase na totalidade composta por jovens jogadores da formação, com um treinador também em início de carreira, sem qualquer fora de série, e que inicialmente nem era vista como candidata a ganhar troféus, demonstra em campo, jornada após jornada, este nível de competência? Mesmo sendo adepto do Sporting , e estar a deliciar-me com a forma como a época está a deco